Prisão foi após sentença contra ele transitar em julgado, ou seja, não cabe mais recurso da decisão. g1 tenta contato com a defesa dele. Na época, vítima tinha 14 anos. Prisão aconteceu em Imbituva
Divulgação/Polícia Civil
Um homem de 47 anos, condenado por estuprar em 2015 um aluno da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Imbituva, na região central do Paraná, foi preso nesta terça-feira (14) na cidade.
Na época do crime, a vítima tinha 14 anos e é sobrinha do então companheiro do condenado. Saiba mais abaixo.
O mandado de prisão pelo crime de estupro de vulnerável foi expedido há uma semana, após a sentença transitar em julgado – ou seja, quando não há mais possibilidade de recorrer da decisão.
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De acordo com o delegado Thiago Andrade, da Polícia Civil, apesar de o crime ter acontecido há mais de oito anos, esta é a primeira vez que o homem vai para a prisão. Saiba mais abaixo.
O condenado foi localizado nesta terça na própria casa. A pena estabelecida foi de 9 anos e três meses de prisão em regime fechado.
O processo tramitou sob sigilo, e o nome do condenado não foi divulgado. O g1 tenta identificar a defesa dele.
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Entenda o caso
De acordo com dados repassados pela Polícia Civil, o crime aconteceu na tarde do dia 9 de março de 2015.
O adolescente estava caminhando sozinho na rua quando foi abordado pelo homem, que o convidou a ir para a casa dele. O adolescente não aceitou, mas o homem mandou ele entrar no carro e o levou para a residência, diz a investigação.
No local, não havia outras pessoas. O tio da vítima, que era companheiro do condenado, havia ido trabalhar.
À polícia, a vítima disse ter sido forçada a ter relações sexuais com o homem e ter recebido a orientação de não contar nada a ninguém.
Dias depois, o adolescente relatou o que aconteceu para a mãe, que denunciou o caso para a polícia.
Quando um crime é classificado como estupro de vulnerável?
De acordo com o Código Penal, estupro de vulnerável é quando há conjunção carnal ou outro ato libidinoso com:
menores de 14 anos;
pessoas com deficiência mental ou outras enfermidades, independentemente da idade;
pessoas que, por qualquer outra causa, não podem oferecer resistência.
Nestes casos acima, é considerado estupro de vulnerável independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime.
Como denunciar violência contra crianças e adolescentes
Denúncias que auxiliem em casos de violência contra crianças e adolescentes podem ser feitas de forma anônima pelo número de telefone 197, da Polícia Civil do Paraná, e pelo número 181, do Disque Denúncia.
Se a violência estiver em andamento, a pessoa deve chamar a Polícia Militar, por meio do 190, conforme orientação da polícia.
Casos de estupro crescem no Paraná
A quantidade de crimes de estupro cresceu no Paraná. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2022 o estado registrou 5.125 casos – 7,3% a mais do que no ano anterior.
A pesquisa, desenvolvida pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), revelou que 1.409 crimes como este foram cometidos no Paraná em 2021. Em 2022, o número foi para 1.523.
O anuário revelou, ainda, que o estupro de vulnerável cresceu 3,7% no Paraná. Em 2021, 4.906 menores foram vítimas do crime. Em 2022, o número foi para 5.125.
No Brasil, a pesquisa também expõe dados alarmantes: o país atingiu o maior número de registros de estupro e estupro de vulnerável da história, com 74.930 vítimas.
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